Dentro das ações do Outubro Rosa, mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, a ginecologista e vice-diretora do Corpo Clínico do Hospital Beneficente Santa Terezinha (HBST),  Dra. Ângela Nichel Garcia, traz dicas sobre mudanças de hábitos que podem prevenir o câncer de mama e reflexões sobre o mês dedicado ao cuidado.

"O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente nas mulheres brasileiras (após o câncer de pele não melanoma), com a maior incidência na região sul e sudeste. Estudos mostram que mudanças de hábitos de vida podem auxiliar na prevenção primária da doença. Com a realização de exames de imagem como a mamografia, faremos a prevenção secundária da doença mamária, com diagnóstico mais precoce e maior chance de cura da doença", afirma a especialista. Dra. Ângela destaca ainda que as mudanças nos hábitos de vida são capazes de diminuir a ação hormonal no tecido mamário e, por isso, assumem papel importante como medidas de prevenção.
 

Confira as 5 mudanças de hábitos que podem auxiliar na prevenção
1 – Dieta saudável: diminuir a ingesta de gordura, o sobrepeso e obesidade que são fortes fatores de risco para a doença;

2 – Não fumar;

3 – Amamentar: é comprovadamente uma ação protetora para a mama, pois ocorre a liberação de substâncias protetoras, assim como bloqueia a ação hormonal, diminuindo a exposição das mamas às alterações celulares;

4 – Diminuir a ingestão de álcool: hoje é considerado um importante fator de risco para o câncer de mama;

5 – Realizar atividade física: considerado pelos estudos um importante fator de proteção – 300 min/semana ou 150 minutos/semana, se atividade mais intensa, é o recomendado. O exercício traz como benefícios a diminuição do estresse, controle de peso, melhora das funções hormonais e liberação de substâncias protetoras.

Sugestões para reflexão no Outubro Rosa 
 - Mude seus hábitos, adote uma vida saudável;

- Realize seus exames: mamografia a partir dos 40 anos anualmente (recomendação da Febrasgo, Sociedade Brasileira de Radiologia e Sociedade Brasileira de Mastologia/23);

- Exames como ecografia mamária / ressonância magnética – poderão ser complementares,; mas não substituem a mamografia;

- Converse com o seu médico! Atualmente, a avaliação da mulher está sendo individualizada, baseada na sua história familiar, pessoal, obstétrica, seus hábitos, peso, sedentarismo, uso de álcool, idade da menarca e menopausa e densidade da sua mama; 

- Mudanças de hábitos e diagnóstico precoce por exames adequadamente solicitados e de boa qualidade podem mudar o curso dessa doença.